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terça-feira, 10 de julho de 2012

22 anos do paredão Paraíso Artificial e escalada em solitário na Pedra da Catarina Mãe.

Parede da via Paraíso Artificial, Pedra da Catarina Mãe, Nova Friburgo – RJ.

                           Bom galera fiquei devendo um pôster de escalada no ultimo mês, e como recebi de um amigo o escalador André Rodrigues, umas fotos da nossa primeira escalada da via Paraíso Artificial na Catarina Mãe em 1994, me lembrei que a via já estava fazendo mais de 20 anos de sua conquista.
          Resolvi homenagear os conquistadores deste grande feito fazendo uma escalada em solitário para bivakar no plator onde tem uma placa da conquista de 17-03-1991, e lembrar um pouco da minha primeira e única repetição integral da via em 1994.






















André Rodrigues no artificial antes do primeiro plator e no último artificial A-0 da via em 1994.(Foto de Leonardo Amorim acervo pessoal André Rodrigues).


         Na ocasião de 1994 quando fizemos a via, se mão me engano foi a segunda repetição integral do paredão ficamos impressionados com o tamanho da parede e com a quantidade de artificiais em grampos de três oitavos que tinha. Nesta época eu ainda escalava de kichut e tínhamos pouco material mesmo assim fizemos a via em cerca de 6 horas.




 Cume do Cão Sentado. Na foto: a antiga (Beto em pé a frente e Jociney sentado a direita) a nova geração (Joel em pé atraz e André foto) e os iniciantes (Leo a esquerda, Fellipe no meiro e Dário a direita).Escaladores friburguenses em 1993.(Foto André Rodrigues acervo pessoal André Rodrigues).

            Esta via de 400 m foi conquistada por Beto Campos e Jociney, em 1991, demandando muitas investidas e determinação para sua conclusão. A mesma foi um marco para a época pois havia se tornado a maior parede de escalada de Friburgo fora do parque estadual dos Três Picos, que conta com escaladas de mais de 700 m.

A escalada.



















Léo na base da Via Paraíso Artificial .


           De pois de um desembarque conturbado em junho, hora com o tempo bom mais sem parceiro, hora com parceiro e o tempo ruim e hora com parceiro tempo bom mas cheio de imprevistos em fim não consegui escalar e tive que ficar na fissura até a última quarta-feira.

                                         Arrumando o Hallbag na primeira parada da via.


          Neste dia fui para Friburgo, resolver um compromisso e as 12 e 50, já estava atravessando o bairro de Paissandu seguindo pela baronesa em direção a o vale dos pinheiros onde fica a Pedra da Catarina Mãe.     
        Eu não pensava em outra coisa se não escalar e mesmo sem parceiro resolvi fazer a via em solitário e dormir no primeiro plator onde tem uma placa da conquista de 17-03-1991.



Léo na segunda parada da via.

          Após caminhar uma hora cheguei na base ofegante pois não parei para descansar e logo estava sacando tudo do hallbag para fora e me equipando. Estava correndo contra o tempo pois tinha que chegar no primeiro plator ainda na penumbra para não ter que fazer o cruxe a noite.


Léo jumareando a terceira enfiada da via.


         Me equipei o mas rápido que consegui e comecei a subir usando a técnica de escalada em solitário fazendo eu mesmo minha própria segurança. Subi sem problemas a primeira enfiada e após recuperar as três costuras que havia deixado para traz puxei o hallbag e logo sai para  a segunda enfiada um pouco mais técnica e com dois artificiais em grampos de três oitavos.



As luzes de Friburgo aos meus pés assim que cheguei no plator.

             Assim que me arrumei fui subindo os artificiais e os lances em livre da segunda enfiada, e quando cheguei na parada fixei as cordas e rapelei para recuperar as costuras e desta vez jumarear com o hallbag nas costas. A noite já estava a caindo quando dei início a terceira enfiada onde tem dois cruxs antes do artificial do plator.

                                Léo no plator da paraiso artificial.

         O lance segue por uma fenda rasa mas, me enganei e subi numa moita para proteger uma fendinha pequena, mas quando cheguei na fenda que percebi que havia deixados os friends no hallbag.
        O lance era esquisito e sem friends tive que tirar o fifi do budrier e bater ele numa laca como se fosse um Packer para fixar um estribo e consegui descer até a parada novamente.

Léo cuzinhando no plator da paraíso.

       Nesta altura da escalada eu realmente pensei em desistir, pois escureceu ainda tinha mais duas enfiadas pela frente até o plator, mas foi quando a lua saiu por de trás do pico do Porcelete, e foi o que me motivou a continuar.



      Léo no bivak a 170 m.

       Coloquei a head lamp, e fui trabalhando o lance achei um furo de cliff da conquista, mais um nut salvador e consegui vencer o primeiro lance.
        Em seguida entrei em um lance em livre de uns quatro metros delicado, e quando consegui vencer cheguei no artificial que ia até quase o plator.

 A lua e Friburgo vista do plator.

      Agora já sabia que era questão de tempo para chegar no plator. Novamente fixei as cordas e rapelei para recuperar as costuras e rebocar o hallbag. Me arrumei e peguei o último grampo já dominando o plator.
        Agora sim podia me sentir seguro, recolhi o hallbag e comecei a arrumar toda aquela zona de cordas e equipos.


                   Amanhecer na parede da Pedra da Catarina Mãe.

   Assim que coloquei tudo no seu devido lugar, arrumei o bivake e agora era só apreciar a vista e fazer um rango. A noite estava maravilhosa estrelada com lua e as luzes da cidade aos meus pés.


Manhã de quinta-feira com os primeiros raios de sol.

        Armei acampamento em um plano inclinado que hora eu estava lá em cima e hora lá em baixo. As cinco e trinta o céu começou a clarear e as seis horas o astro rei deu o ar da graça aquecendo a alma e a rocha com sua energia. Tirei umas fotos da placa da conquista e uns autos retratos. Sem perder tempo comecei a jogar toda a parafernalha dentro do hallbag e a rapelar.

A famosa placa da conquista da paraiso artificial.

        Foram 3 rapés e mais uma hora de descida até o Paissandu onde mais um compromisso me aguardava mas estava feliz com mais esta experiência  vivida nesta montanha e todas que já vivi em todos estes anos de escalada.

Galera quem quiser mais informações sobre a via ou visualizar o croqui é só ir na pasta da Catarina Mãe no nosso blog.







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