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Caros amigos,o objetivo do Blog é compartilhar informações, opiniões e experiências sobre escaladas e divulgar o incrível potencial que a região de Nova Friburgo possui para a prática desse esporte. Disfrutem, deixem comentários e compartilhem sempre que quiserem suas aventuras pelo mundo afora! Sejam sempre muito bem-vindos! Um forte abraço e boas escaladas!!!

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Acidente fatal com escalador de Teresópolis na pedra do Cão Sentado - NF.



Pedra do Cão Sentado - Parque de Furnas _ NF.
 
Olá Família da escalada! Ontem foi um dia muito triste para nossa comunidade, pois tivemos a notícia de um acidente fatal com um escalador de Teresópolis o Jomar da Silva Amorim na pedra do Cão Sentado. Eu ainda estou em busca de mais notícias sobre este ocorrido para podermos entender o que de fato aconteceu e aprendermos alguma coisa com esta tragédia. Não gosto de colocar informações sensacionalistas e falsas aqui no blog  mas estou postando a asneira que o G-1 colocou, os comentário que fiz no portal Altamontanha, o do meu amigo e parceiro de escalada André Rodrigues que postou em sua página no fece book e o comentário de um escalador que estava lá que saiu na lista da FEMERJ. No mais que o Jomar da Silva Amorim descanse em paz e deus conforte esta familha e seus amigos.
 
( Comentário de Leonardo Amorim no portal Altamontanha)
 
Olá ! Realmente o cara que escreveu esta matéria no G-1 é um leigo em escalada e esta história está muito mal contada. Se o cara, que Deus o tenha e dê forças a esta família para seguir em frente, caiu de uma altura de 70 metros como foi dito até agora, só poderia estar realmente rapelando ou caiu do cume em um momento de distração, pois escalo o Cão Sentado faz mais de 20 anos e abri algumas das rotas de escalada desta montanha e ao longo destes anos já vi muitos absurdos como escaladores andando livremente no cume sem estarem presos à corda ou fazendo rappel fora dos padrões de segurança, e como a escalada do Cão feita pela via tradicional é relativamente "fácil" muitos escaladores acabam relaxando com a segurança. E quanto ao Ronaldo, administrador do parque, também não acho que ele deva proibir a escalada mas sim incentivá-la e tomar algumas medidas preventivas de segurança. Bom galera, fica aí meu comentário sobre este episódio triste e lamentável que nos faz lembrar que mais uma vez a escalada só tem espaço na mídia quando há uma tragédia.

( Comentário de  André Rodrigues em sua página no fece book)



Acidente hoje na Pedra do Cão Sentado em Nova Friburgo, vitimou fatalmente um escalador J.S.A. teresopolitano de 29 anos. Ainda não temos informações concretas, mas tudo indica que houve uma distração por parte do escalador quando estava no cume (ou próximo dele) e caiu. Sua queda foi fatal e ele faleceu imediatamente. Parece que haviam 9 pessoas escalando a pedra e isto pode ter sido um fator agr...avante, mas ainda é muito cedo para tirarmos qualquer conclusão. Fico apenas com medo das notícias sensacionalistas que possam surgir. Estive no cume do Cão Sentado por mais de 150 vezes e nos últimos 24 anos dedicados a Escalada em Rocha e ao Montanhismo sempre estive totalmente consciente que falhas não podem acontecer, pois, quando estas acontecem podem resultar em acidentes e muitos deles fatais. Por muitas vezes já tive sorte quando tive pequenas falhas, e infelizmente um acidente serve para nos lembrar que sempre devemos estar totalmente atentos quando estivermos pendurados e com a vida literalmente segura por um fio (corda).O que mais me preocupa é o fato do sensacionalismo da mídia e do administrador do parque dizer que o local não é apropriado para a pratica de tal esporte, mas o que ele não sabe é que o Parque de Furnas do Catete (atualmente chamado de Parque Cão Sentado) é um dos principais points de escalada de Nova Friburgo, são mais de 70 vias de escalada onde todas as técnicas são encontradas, de vias esportivas de 10º grau a vias em fendas de alto nível, vias com artificiais fixos, artificiais móveis e artificiais em cliff, ou seja o parque antes de tudo é um local incrível para o aprendizado de todas as técnicas de escalada. Nos ultimos 24 anos conquistei mais de 30 vias no parque e repeti as vias por milhares de vezes, ou seja, o parque é um dos melhores locais para escalada que eu já conheci na região até hoje.


( Matéria que saiu no G-1)

O escalador de Teresópolis Jomar Silva Amorim, de 29 anos, faleceu ontem quando escalava a Pedra do Cão Sentado em Nova Friburgo na região serrana do Rio de Janeiro. Jomar estava em um grupo que conhecia bem o local e informações preliminares dão conta que ele sofreu uma queda de 70 metros de altura e faleceu no local.A Pedra do Cão Sentado tem cerca de 100 metros de altura e sua ascensão mescla dificuldade de escalada esportiva com conhecimentos de escalada tradicional. De acordo com o site G1, Jomar não passou corretamente uma costura quando estava a 70 metros de altura. Os motivos da queda, no entanto, não está claro.De acordo com o diretor do parque onde fica a rocha, Ronaldo Amorim, desde que ele assumiu a gerencia da Unidade de Conservação nunca houve um acidente deste tipo. O grupo de Jomar também não avisou a gerencia que iria escalar a Pedra.
O corpo de Jomar foi removido da montanha nesta quinta feira, por volta das 4 da tarde.


( Comentário que saiu na FEMERJ)

"Sim eu estava lá mais o grupo dele não fazia parte do nosso. O meu grupo estava na base e infelizmente nos acabamos vento tudo, eu pessoalmente ate ajudei dentro do que pude a carregar o corpo. Oque aconteceu pelo que o pessoas estava escalando com ele e que: ele estava desencordado mas ancorado na solteira, ele acabou que pela presa de chegar o cume que faltava pouco menos de 10m de em um lugar "fácil" em "um trepa pedra com vegetação", ele soltou sua solteira e foi solando dai nao sei oque aconteceu direito ela escorregou e veio a cair, acredito eu que ele escorregou com os pés na vegetação. A impudência pelo que eu pode constatar foi 100% dele.Ele era de Terê eu conhecia ele, gente fina. Eu estou chocado na hora entrei em desespero, ligamos pros Bombeiros e rapidamente eles chegaram lá, mas pela situação que ele estava visivelmente dava pra ver que ele tinha morrido, os bombeiros chegaram e deram a noticia que infelizmente nos ja sabíamos. Só quem estava la e viu a situação que ele estava "todo quebrado" com um fratura que me chocou muito, uma fratura exposta no cranio."


                                            Jomar da Silva Amorim.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

60 anos da conquista do monte Everest por Edmund Hillary e Tenzing Norgay.

Uma Pequena homenagem do blog croquitecafriburgo aos conquistadores do Everest.


Em 29 de maio de 1953, dois alpinistas conseguiam um feito inédito: chegar ao topo da montanha mais alta do mundo, o Monte Everest pela primeira vez, após um mês de meio de expedição rumo ao teto do mundo. O feito é lembrado nesta quarta-feira, quando se comemora o 60º aniversário da escalada histórica do neo-zelandês Edmund Hillary e nepalês Sherpa Tenzing Norgay.




29 DE MAIO: a Data Magna do Montanhismo[ 60 anos atrás, em 1953, Edmund Hillary e Tenzing Norgay iniciaram sua investida ao cume, então, inacessível do monte E...verest a partir de um acampamento levantado na montanha a 8.500 metros. Às 11h30 da manhã daquela data, vencidas as últimas agruras da pioneira e desconhecida escalada, os 2 acabaram por conquistar a glória máxima
no panteão do alpinismo: o topo do mundo. ]
 


 Foto: Royal Geographical Society

 
 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

(CONEXÃO TERÉ x FRÍ - 2013) _ FACE LESTE DO PICO MAIOR EM SALINAS, UM CLÁSSICO!

                     Pico Maior de Salinas visto da base da via Leste - Nova Friburgo.

Galera demorou, mas saiu à primeira conexão Teré x Frí de 2013, novamente com meu amigo de Teresópolis, Marcelo Vieira e meu mais novo parceiro de roubadas Nayguel. Depois de alguns telefonemas decidimos fazer esta conexão desta vez em Friburgo e a montanha escolhida não podia ser outra o Pico Maior de Salinas e a via é claro uma clássica a Face Leste.

 Acampamento em Três Picos com Nayguel, Marcelo e Leonardo.
 
Esta escalada não foi escolhida por acaso, pois os meus dois parceiros de cordadas nunca haviam escalado o Pico Maior e é sempre um prazer levar alguém pela primeira vez naquele cume e ver a emoção das pessoas pela superação de vencer os 730 metros de granito de uma via que tem de tudo e com uma vista alucinante das montanhas de Nova Friburgo e de Teresópolis.
 
 Amanhecer na base da via Face Leste no Pico Maior.
 
Outro motivo muito especial para mim é que este ano eu estava completando 20 anos que subi o pico maior pela primeira vez, na época eu tinha apenas 14 anos e ficou marcado pelo resto da minha via esta escalado que tive o prazer de fazer com um amigo das antigas o Charles Moura o qual eu sou agradecido pelo resto da minha vida.
 
  
 Marcelo, Nayguel e Eu na base da via Leste.
 
 Após eu desembarcar eu não pensava em outra coisa a não ser escalar uma montanha e é claro ver minha esposa, mas estes detalhes eu não vou entrar, pois da para imaginar o que é para um escalador ficar 15 dias no meio do oceano só vendo água e a galera bombando o fece book de aventuras?  Da uma fissura maluca kkkk
 
 Traçado da via Face Leste no Pico Maior de Salinas.
 
Mas em fim o dia 15 de maio tinha chegado e como já havia combinado com meus parceiros coloquei toda minha parafernália de escalada e camping no hall bag fechei a mala do carro e coloquei o pé na estrada rumo à cidade de Nova Friburgo não via a hora de sentir o cheiro de mato e o vento frio das montanhas da minha cidade natal.
 
 
 Léo no primeiro grampo da via Leste.
 
Dei uma ligada para os caras avisando que eu já estava a caminho e que só ia matar umas pendências que eu tinha em Frí e depois ia partir pra Salinas, para encontra com o Marcelo, às 6 horas na entrada do parque, mas as coisas não saíram como planejado e eu e Nayguel só chegamos no parque às 8 horas e assim que estava entrando na estrada de chão que sobe para os Três Picos, demos de cara com Marcelo metendo o pé para Teré, já achando que eu havia desistido a escalada.
 
Léo e Marcelo na P-2 da Leste.
 
Falei com Marcelo, para dar meia volta e subimos de carro até o pé do pasto onde deixamos os carros e colocamos o pé na estrada, ou melhor, começamos a subida pasto acima até o camping do meu amigo Mascarin, e depois de caminharmos uns 30 minutos chegamos na casa do Mascarin, só que para nossa surpresa não tinha ninguém na casa e no camping.
 
 Léo na terceira enfiada da via Leste.
 

Ficamos meios bolados de acampar ali e largar nossos pertences sem nenhuma segurança é resolvemos fazer um acampamento avançado mais perto da base do pico maior mesmo sabendo que teríamos que subir metade da trilha da leste para recuperar o hall bag depois da escalada, mas como estávamos empolgados de estar ali nem ligamos para este pequeno e árduo detalhe.
 
Marcelo e Nayguel na travessia da via Leste muitos
escaladores seperdem neste ponto da via.
 
Enchemos nossos cantis com aquela água maravilhosa de Salinas, e tocamos para cima até a bifurcação que vai para os Picos Menor e Médio, onde armamos o nosso acampamento, a noite estava alucinante toda estrelada não tinha lua e a silueta das montanhas parecia uma pintura eu nunca havia acampado ali e fiquei impressionado com avista.

 Léo na sétima enfiada da via Leste antes da moita da primeira chaminé.
 
Como iríamos levantar as 4h30min da matina para começar a maninharmos para a base do Maior, comemos uns miojos, seguido de um chocolate quente e nos deitamos os três apertados na minha barraca para esticarmos as costas e descansar as pernas porque nossas mentes estavam a todo vapor. Eu não sei quanto aos meus parceiros, mas eu nunca consigo dormi antes de uma escalada de alto nível e aquela noite não foi diferente e assim que o despertador tocou sacudi a galera para agitarmos um café.
 
Léo guiando a primeira chaminé da Leste.
 
A madrugada estava bem agradável não estava frio e nem ventando como é de praste nesta parte da montanha, as mochilas já estavam arrumadas e antes do sol nascer estávamos caminhando em direção à base da face Leste do Pico Maior. Chegamos na base com menos de 30 minutos de caminhada e enquanto nos equipávamos para começar a escalada fomos saudados pelos primeiros raios de sol aquecendo a alma e nos presenteando com uma vista alucinante de um Pico Maior que de cinza ficou com uma mistura de rosa e roxo.
 
Marcelo fazendo a primeira chaminé e Nayguel no platô da chaminé.
 
 
   Tudo listo tiramos aquela foto tradicional da base e sem perder mais tempo fui tocando pra cima a primeira enfiada eu não olhei às horas, mas acredito que erma umas 6h00min horas da manhã, estávamos começando a escalada em um ótimo horário, pois normalmente a Leste é feita em quatro ou cinco horas, mas como estávamos em três certamente levaríamos mais tempo. Primeira parada armada recolhi Marcelo, e falei para ele recolher Nayguel, no grigri e ir liberando minha cora no atc ao mesmo tempo para adiantar a escalada uma vez que as seis primeiras enfiadas da via eram mais tranquilas.

 Léo Amorim na saída da Primeira chaminé da Leste considerado por muitos como o primeiro crux da via.
 
A escalada foi fluindo tranquila todos estávamos em um bom ritmo, e quando dei por conta já estávamos fazendo a travessia para a direita chegando na P-4, onde recolhi Marcelo, novamente e dali só paramos os três na primeira chaminé onde tem um enorme platô que é uma parada estratégica para nos hidratarmos, comermos alguma coisa e de estomago cheio e cabeça feita continuei subindo pela enorme chaminé.
 
Marcelo e Nayguel na saída da chaminé da Leste.
 
Deste ponto da escalada para cima a via muda totalmente de figura já começando pelo primeiro crux da saída da chaminé que para muitos é a parte mais difícil da via, particularmente eu não acho que esta parte é a mais difícil, mas sim a enfiada seguinte onde tem que subir reto e depois fazer uma travessia para a esquerda neste ponto tem que tomar muito cuidado, pois para mim é a parte mais exposta da via.
Marcelo mandando a saída da chaminé da Leste.

 
Armada a segue na P-10 após a saída da chaminé recolhi Marcelo, que passou meio que adrenado no lance, mas não caiu. Em seguida Nayguel, se juntou a gente e parti para a tal travessia exposta e logo estava guiando o totem da Leste onde eu considero a parte mais bonita da via, uma parede bem vertical rosada com enormes veios de cristais gigantes esta parte não é muito difícil, mas se o escalador cair ali às consequências podem ser desastrosas.
 
Marcelo na P-10 da via Leste.
 
Passada esta parte cheguei na P-12 antes da segunda chaminé onde também tem um lance delicado que eu gosto de fazer saindo pela esquerda e atravessando para a direita neste lance tem como proteger com um friend número 1 da BD, que fica perfeito. Mais encima eu vi uma chapeleta nova não sei se é de uma via que cruza a Leste ou se colocaram ali para fazer a entrada da chaminé por cima, mas eu segui pela linha original, mas abaixo em diagonal para a direita pegando o diedro no pé da chaminé e parando na base dela.

 Vista da Pedra da Mariana a direita e do Pico do Caledônia ao fundo.
 
Neste ponto da escalada o cansaço dos meus parceiros era visível e o tempo começava a fechar rapidamente o tempo é meio louco mesmo em Salinas começamos a escalada sem nenhuma nuvem e um sol de rachar e agora o tempo estava patagônico. Sem perder tempo fui guiando a segunda chaminé enquanto Marcelo recolhia Nayguel para ganharmos tempo e não correr o risco de pegarmos uma chuva no final da via nos forçando a rapelar pela Leste.
 
 Marcelo e Nayguel reunidos na P-10 após a saida da primeira chaminé, neste ponto onde estava dava para ver o início da via Leste a direita e todo o percurso que fizemos até ali.
 
Chaminé encadenada recolhi Marcelo, e sai para fazer o segundo crux da via que é a saída da segunda chaminé seguida de um lance meio que de tesoura, e dei sequencia guiando o primeiro artificial A-0/VI+ da via que está uma vergonha ainda não consigo acreditar que a galera que mora nos Três Picos não substituiu os parafusos de ¼ enferrujados e alguns já com sinais gravíssimos de perda de espessura acho que só estão esperando alguém se acidentar para trocar vou torcer para não ser eu o premiado, mas vamos tocando a via assim mesmo.
 
 
 
 
 Croqui da via Face Leste do Pico Maior de Salinas feito por Leonardo Amorim.
 
Em fim chegamos na P-14 neste ponto eu sempre fico tranquilo porque dali pode chover até canivete que eu tenho como chegar no cume, pois dali pra frente é só mais um lance meio rampado e o segundo artificial A-0/V uma travessia e em fim jogar pro cume seguindo um veio de cristal e o costão final. Fui guiando até a P-15 onde falei para Marcelo, recolher Nayguel que eu ia subindo e quando a corda estica-se era para ele subir e para Nayguel fazer a mesma coisa, pois dali eu só ia para no cume e foi o que fizemos.

Marcelo chegando na P-12 antes da segunda chaminé da Leste.
 
Chegamos no cume às 15h43min com um tempo meio doido hora limpo hora nublado, mas o melhor foi ver a emoção dos meus parceiros e a sensação de missão cumprida deles estarem tocado o cume daquela montanha super especial e sem igual no planeta.
 
Marcelo na base da segunda chaminé e Nayguel no diedro antes da chaminé.
 
Realmente é emocionante a primeira vez que se escala a Leste eu olhava para eles e só me lembrava da minha primeira vez há 20 anos em 1993 quando cheguei exausto e super feliz de ter sido um dos escaladores mais jovem a tocar aquele cume com apenas 14 anos não sei se já houve uma ascensão mais jovem até hoje, mas isto não imposta o que importa mesmo é a emoção de estar ali.

Léo já na parada após mandar a segunda chaminé apontando para  Marcelo e Nayguel no início da chaminé.
 
Nos reunimos perto do livro de cume, mas quando abri a urna uma surpresa não tinha livro nenhum eles ficaram um pouco decepcionados por não colocarem os nomes no cume do Pico Maior e então começamos a tirar varias fotos e como o tempo estava virando rapidamente e o tempo estava se esvaindo e a noite na montanha era iminente enrolei as cordas e começamos a procurar a via de rapel.
 Marcelo na saida da segunda chaminé da Leste considerado o segundo crux da via.
 
Optei em rapelar pela via de rapel reto que passa ao lado direito da via Cidade dos Ventos esta via é a saída mais rápida da montanha com apenas sete rapeis, com duas cordas de 60 metros, todas as paradas são duplas e não há muitas lacas traiçoeiras para agarra as cordas mais isto é relativo.
 
 Léo mandando o segundo artificial A-0 da Leste.
 
 A cada rapel a noite ia se aproximando e com as últimas energias e raios de sol íamos puxando as cordas e armando os rapeis o mais rápido que conseguíamos e todo este esforço foi crucial fizemos o penúltimo rapel da via já na penumbra quando tocamos a base da Cidade dos Ventos e ainda deu para descer a trilha até o rapel da árvore e quando tocamos a base da montanha já estava tudo escuro e para nossa sorte ou não começou a chover de leve acho que foi só para lavar a alma mesmo. 
Marcelo e Nayguel reunidos na moita da P-14 da Leste.
 

Estávamos exaustos, mas felizes por mais esta benção que foi esta escalada agora era guardar os equipos e sem dar mole descer pela trilha do Capacete, o que foi tranquilo de achar, mas realmente estávamos bem cansados para nossa sorte quando começamos a descer à trilha a chuva parou e fomos tocando para baixo, mas devagar com muito cuidado para não torcer o pé ou nos machucarmos no final da trip. 
Marcelo na saida do segundo artificial da Leste chegando na P-15.
 

Quando chegamos na fazenda já morgados tive uma péssima lembrança o hall bag!!! Falei com os caras que tinha que resgatar o hall bag no meio da trilha para a base da Leste e lá fomos eu e Marcelo Nayguel estava exausto e ficou na fazenda tomando conta das mochilas malandramente.
 Vista do cume do Pico Maior que fica voltada para a cidade de Nova Friburgo com o Pico do Caledônia ao fundo.
 
 Para piorar ainda, mas a situação havia baixado uma cerração daquelas de Três Picos que não se enxerga nada e passei um veneno para achar a entrada da trilha para a Leste. Sobe, desce até que em fim encontrei fui subindo a trilha e pensando de onde eu tinha tirado esta ideia genial de açamar lá em cima, mas como dizem "todo castigo para alpinista é pouco" e lá fomos-nos.
 
Toda a equipe reunida no cume do Pico Maior de Salinas 16/05/2013, às 15:43.
 
Já bolado com o tempo que agora voltava a chover achei o hall bag, coloquei nas costas e toquei para baixo novamente, foi um ótimo treinamento, mas acho que não vou repetir esta idiotice de novo não.
 
 Vista do cume do Pico Maior que fica voltada para a cidade de Teresópolis, com os picos Médio e Menor a esquerda e o Morro dos Cabritos com outras montanhas a direita.
 
 Depois de uma hora chegamos na fazendo e encontramos Nayguel já bolado no meio de um monte de vacas e bois brabos e antes que os bichos se revoltassem começamos nossa jornada pasto abaixo até os carros e já no limite chegamos na última porteira e pude ver o carro ufffffa! Separamos os equipos me despedi do Marcelo que ainda estava em êxtase com o seu enorme feito e pensei agora é só mais algumas horas de viagem até a cidade de Rio das Ostras e ai sim poderei descansar.
 
 Marcelo e Nayguel felizes por estarem a primeira vez no cume do Pico Maior, uma experiência única na via de qualquer alpinista, que tenha este privilégio.
 
 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Bagas do Norte 4 V E1 D1 _ Pedra da Catarina Mãe - NF.

Léo no início da via Bagas do Norte na Catarina Mãe. 
 
 
 Traçado das vias A última Ponta, A Ponta da Ponta e Bagas do Norte localizadas na Face   Norte da Catarina Mãe.
  
 
 
Cacau na base fazendo a segue e eu entrando no crux da via após a chapeleta.


 
Croqui da via Bagas do Norte 4 V E1 D1 ( 36 m). 
 

Léo após passar o crux da via.
  
 Léo sacando uma foto no final da via com Cacau na base.
 
 A pedra de São João que fica em frente vista do final da via.
 
 
A Face Leste da Pedra da Catarina Mãe vista da caminhada de aproximação.