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domingo, 21 de abril de 2013

Escalada da via Visões Diferentes, Pedra do Edifício - Furmas - NF.

Léo no início da via Visões Diferentes nas Furnas - NF.





       Uma visão diferente do parque de furnas foi o que rolou nesta última semana em Friburgo, já havia tempo que eu estava querendo repetir a via Visões Diferentes no Parque de Furnas localizado na divisa das cidades de Bom jardim e Nova Friburgo, a via na verdade fica em uma pedra atrás do Cão Sentado chamada pedra do Edifício. Este nome foi dado porque realmente do cume desta pedra o escalador tem uma visão bem diferente do parque é possível ver o pico do Charuto e o Cão Sentado por de trás e ter uma vista alucinante das vias do setor das fendas como as vias Diedro Rastafári, Wenderroschy e Phobos todas belíssimas fendas.


Paredes que dividem a Pedra do  Edifício a esquerda e o Cão Sentado a direita.




Como havia chego a Friburgo no dia anterior não consegui fechar uma cordada e pedi para minha esposa ir comigo para me dar segurança uma vez que a via tem um pouco mais que 50 metros estava tranquilo e de quebra iria tentar a Variante To Doidão que havia sido grampeada recentemente.

A granade falha geológica que originou as paredes da pedra do Edifício a esquerda a parede da pedra do Cão Sentado no meio e do lado direito a padere do Pico do Charuto.

Assim fomos para as furnas e chegando lá enquanto arrumava a mochila uma voz roca falou “ Qualé Maluco vai fazer o que ai” E quando me virei dei de cara com meu parceiro de escalada Nayguel, que estava guiando um grupo de escaladores da Granito. Realmente foi uma ótima aparição pois Cacau, na verdade não estava muito animada para ficar parada dando segurança com mosquitos e na mesma hora ela deu um jeitinho para abortar esta furada e falou “ Hum que bom em Nayguel agora você pode ir com ele, ta tranquilo”.

Léo protegendo o início da via com as árvores que beram a parede.
 
Ainda no meio da correria e afobação para começamos a  caminhar logo para a base da via, me despedi de Cacau, que vazou feliz da vida e começamos a subir e logo no inicio da caminhada veio uma lembrança desagradável, havia esquecido a bota e o saco de magnésio dentro do Crash Ped, e Como Cacau partiu e o celular dela estava comigo para sacar umas fotos dei a triste noticia para Nayguel e ficamos pensando  no que fazer e falei para ele que poderíamos tentar subir revezando o de tênis uma vez que estava de sandálias, e partimos para a base da via.    

Croqui da via Visões Diferentes 4 V+ (A-0) E2 D1 e Variante To Doidão V+ E1
 

Este setor das furnas é muito especial para mim pois foi ali que comecei a dar os meus primeiros passos na escalada em 1990, quando eu o Dário do Nascimento e Felipe matavamos aula na escola e juntávamos um pedaço de corda bacalhau, 3 mosquetões umas fitas velhas, 2 cadeirinhas e com kichutes com as travas cortadas nos pés íamos para as Furnas e armávamos um Tope Rop  em 2 grampos que tem em uma aresta  que depois foi regrampeada ao lado da via Meia Bomba, poucos escaladores iam ali antigamente.

 
 
Já em 1996 na época da conquista da via Visões Diferentes os escaladores de Friburgo já tinham mais equipamentos como Friends, nutes um numero grande de mosquetões, costuras, cordas dinâmicas e sapatilhas de escalada, pode parecer piada mas no inicio dos anos noventa era comum juntar equipamentos de 3 ou 4 escaladores para fazer uma via grande ou uma conquista.  
Léo usando alguns grampos da Variante Fissura To Doidão.

Fui com o Leandro Baltazar “Japão” dar segurança para ele conquistar a parte final da via Visões Diferente que foi conquistada pelos escaladores Beto Campos, Joel Novo, Dinei Costa e Leandro Baltazar, com o apoio de Leonardo Amorim e André Rodrigues. E quando desci falei com ele que dava para fazer uma variante em móvel do lado esquerdo da via em uma sequencia de fissuras que havia bem na borda da pedra e pedi para ele me dar uma segurança para tentar o lance. Fui subindo as fissuras que eram bem pequenas e rasas em alguns lances graduada em + ou – V+ / VI  E3/4, Consegui subir as fissuras com apenas 4 Friends um pequeno dois micros e um médio no final antes de emendar na via Visões Diferentes, mas lembro que as peças não são óbvia e de difícil colocação. Como “Japão” falou que eu estava doidão em querer subir ali em móvel batizei a via de Variante Fissura To Doidão.

Nayguel limpardo o artificial A-0 da via Visões Diferentes.


A via teve poucas repetições em móvel devido ao grau de exposição e como era possível armar um Top Rop no grampo antes do artificial da Visões Diferentes, a via ficou pouco frequentada, até que agora em 2012 enquanto estava no Forro da Pedra Aguda, encontrei com o  Gutinho, Presidente do CEF, que comentou comigo que ele e outros escaladores haviam grampeado a variante Fissura to Doidão.


Léo na fenda em móvel antes da travessia para direita .

 Na hora eu fiquei meio puto porque os caras não tiveram preocupação em se informar com outros escaladores se ali já tinha uma via ou se alguém tinha algum projeto para esta linha mais ao mesmo tempo sabia que a via sendo grampeada a frequência de escaladores aumentaria ou não? O fato é que podem ter acabado com o único E4 das furnas e foi para evitar este tipo de coisa e preservar a história da escalada Friburguense que resolvi fazer este blog croquitecafriburgo, para servi de fonte de informação e pesquisa sobre as escaladas de nossa cidade.
 
 


O Pico do Charuto e as fendas das vias Phobos e Wenderroschy em destaque vistos da via Visões Diferentes.

Assim que cheguei na base da via Visões Diferentes dei uma olhada na grampeação que foi feita na variante To Doidão e gostei do que vi no sentido de que os grampos estavam bem batidos e bem distribuídos na linha da via e em seguida comecei a me preparar para subir e fazer o croqui das vias. Para subir a Visões Diferentes o escalador tem que levar umas 10 ou 15 costuras, 5 ou 6 friends pequenos e médios, fitas grandes e uma corada de 50 m. O rapel pode ser feito pela própia via ou pela via de rapel em um grampos que tem mais para a frente do cume em uma areta, que aterriça na Pia Sagrada, mas este só pode ser feito com duas corda de 60 metros por ser negativo ele não toca a parede.


Léo na última enfiada da via e o Pico do Charuto a direita.

Coloquei o tênis de Nayguel e fui subindo a via fazendo umas proteções nas árvores que passam rente a via e logo nos primeiros veios que fui subindo vi que não seria nada fácil subir de tênis mas como o objetivo da escalada era mapear as vias fui subindo como dava e quando cheguei no primeiro crux que é um pouco exposto fiz uma travessia para os grampos da variante a consegui chegar no artificial.

Nayguel no cume mostrando o tênis que revezamos para subir. 
 
Recolhi Nayguel, e comecei a fazer o artificial até a P-1 da via em um platô e assim que meu parceiro chegou comecei a trabalhar o lance seguinte que é mais um crux onde o escalador tem que dominar uma agarra grande e segurando em umas lacinha pequenas, para entrar eu um lance em móvel numa laca por onde corre uma fenda de tamanho médio e logo em seguida a grampeação continua por uma espécie de rampa saindo em mais um lance em móvel e em fim o costão final e o cume da pedra do Edifício, que realmente é alucinante bem fino e cheio de pedras com uma vista incrível das montanhas e fendas do parque.

     Léo no final da via Visões Diferentes no cume da Pedra do Edifícil nas Furnas.
 
Bom galera fica ai mais um relato mais um desabafo e mais um croqui para nossos acervos da história destes escaladores que fizeram e continuam fazendo a história da escalada Friburguense parabéns a todos e que nunca parem de escalar ABÇ Léo Amorim.

Pico do Charuto visto do cume da Pedra Do Edifícil.


2 comentários:

  1. Muito bacana as fotos!!! Via show!!!

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    1. Obrigado Careli, em visitar o blog este pico é irado mesmo e tem outras vias neste setor em breve estarei colocando o croqui e as dicas sobre estas vias ABÇ Léo.

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